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segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Vídeo flagra fraudador de concursos para delegado trocando cartões-resposta

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Vídeo flagra fraudador de concursos para delegado trocando cartões-resposta
Foto: Reprodução/PCGO

Vídeo da Operação Porta Fechada mostra Ricardo Nascimento Silva, apontado como um dos líderes de organização criminosa que fraudava concursos públicos, no exato momento em que trocava cartões-resposta. Ele foi preso pela Polícia Civil de Goiás nesta segunda-feira (30). Funcionário do Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), órgão vinculado à UnB, Ricardo é o principal alvo da 3ª fase da Porta Fechada.
Imagens gravaram Ricardo em ação pelo circuito fechado de segurança do Centro fazendo a substituição de gabaritos da prova de delegado de polícia. O funcionário estava em uma sala-cofre, na sede do Cebraspe, em Brasília.







Segundo a Polícia, os procedimentos de segurança para resguardar o material não estavam funcionando.
Nesta segunda, os policiais prenderam oito investigados que fraudavam concursos e vestibulares por todo País.
A Polícia investiga organização criminosa, lavagem de dinheiro, fraude em concurso público, corrupção ativa e passiva.
O delegado Rômulo Figueredo de Matos, responsável pelo caso, aponta que foram cumpridos ainda 11 mandados de condução coercitiva e 17 de busca e apreensão, nas cidades de Goiânia e Nova Glória, em Goiás, e Brasília.
Esta fase da Porta Fechada se debruçou sobre fraudes no concurso de Delegado de Polícia. De acordo com os investigadores, os treze primeiros colocados na prova objetiva foram aprovados mediante compra de vagas.
Os valores variaram entre R$ 150 mil e R$ 450 mil. A quantia dependia “do bolso da pessoa”.
Parte dos alvos da Porta Fechada, segundo a Polícia, eram aliciadores que “identificavam possíveis compradores de vagas”. A Polícia relata que os aliciadores usaram Ricardo Nascimento da Silva para fraudar concursos.
O compradores de vaga entregavam as folhas respostas em branco ou com apenas poucas questões preenchidas. No dia seguinte à aplicação da prova o funcionário do Cebraspe pegava os cartões-resposta, preenchia o documento durante a noite, quando já era possível acessar os gabaritos na área do candidato, e os devolvia para digitalização e conferência de erros e acertos.
De acordo com a Polícia, em 6 de fevereiro, Ricardo Nascimento da Silva pegou os cartões respostas, ao menos, de 16 candidatos que haviam entregue os papeis praticamente em branco por orientação do esquema. Após o preenchimento de 13 desses cartões respostas, Ricardo os devolveu ao Cebraspe no dia seguinte, para digitalização e conferência de erros e acertos.
Os outros três cartões respostas, segundo a Polícia, não foram preenchidos por desacordo quanto ao pagamento entre aliciadores e candidatos, motivo pelo qual estes não foram aprovados.
O delegado Rômulo Figueredo de Matos representou pela prisão dos integrantes da organização criminosa, “considerando que esse grupo criminoso vem agindo de forma reiterada e constante em diversos outros concursos e vestibulares por todo País”.
Durante a investigação sobre a venda de vagas e fraude do concurso de delegado, a Polícia encontrou “provas da venda de vagas do Enem 2016”.
A Dercap, delegacia que apura crimes contra Administração Pública, vai instaurar novos inquéritos para apurar outras fraudes em Goiás e vai oficiar a Polícia Federal e à Polícia Civil de outros Estados, encaminhando as provas de fraudes e venda de vagas de concursos.
Para o delegado Rômulo, o posicionamento da juíza Placidina Pires e do promotor de Justiça Mozart Brum, durante o caso, foi “firme e justo”.
b>Defesa
O Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos ainda não respondeu ao contato da reportagem.
Fonte: Estadao Conteudo via Jornal de Brasilia

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Organização criminosa da PB fraudou concurso do TJPE

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Organização criminosa da PB fraudou concurso do TJPE
Organização criminosa da PB fraudou concurso do TJPEA Polícia Civil está apontando indícios de participação de membros da organização criminosa sediada em João Pessoa e descoberta durante a Operação Gabarito.
Na sua 4ª fase, em tramitação desde agosto, a ÓPERA GABARITO já conseguiu analisar mais de 15.000 arquivos digitais de membros da organização criminosa especializada em fraudar concursos públicos. Segundo informações repassadas ao Portal MaisPB pela Delegacia de Degraudações e Falsificações (DDF), alguns concursos são mantidos sob sigilo, em face da continuidade das investigações.
A DDF garante que descobriu provas concretas de atuação de membros da ORCRIM no concurso do TJPE, realizado no último domingo (15). Em destaque, conversas no aplicativo WhatsApp entre um dos líderes da ORCRIM – Flávio Luciano Nascimento Borges – e outro membro do estado de Pernambuco, Thiago Nogueira Leão, membro ainda em liberdade.
A operação gabarito já identificou mais de 100 concursos fraudados pela organização criminosa. As diligências atuais permitiram identificar 40 membros da organização criminosa, que atuam ainda livremente em diversos estados do Brasil e mais de 200 candidatos beneficiados pelo esquema.
Braço em Recife
Ainda segundo a DDF, o guarda municipal de Recife, Thiago Nogueira Leão, seria um dos braços da ORCRIM naquele estado. Leão foi preso pela primeira vez em 2015, pela Polícia Civil de Pernambuco, fraudando o concurso para a Guarda Municipal – Operação MERCADOR. O membro da ORCRIM foi preso no dia 08 de maio, no quartel general da ORCRIM. No entanto, foi solto recentemente e conseguiu atuar no concurso do TJPE.
“A Polícia Civil da Paraíba está adotando todas as medidas cabíveis para a exclusão dos beneficiados em todos os concursos identificados e para a prisão dos membros da ORCRIM que ainda estão em liberdade”, garante da DDF.
Entenda o caso
Operação Gabarito desarticulou uma organização criminosa que fraudava concursos públicos no estado da Paraíba. Dois são apontados pela Polícia Civil como os principais nomes da quadrilha: Flávio Luciano Nascimento Borges e Vicente Fabrício Nascimento BorgesAlém deles, há ainda Kamila Marcelino Crisóstomo da Silva, Jamerson Izidro, todos acusados de fraude em concurso, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
De acordo com o processo, a quadrilha era “altamente organizada e estruturada para fraudar concursos públicos em atuação há mais de 10 anos, já tendo obtido mais de R$ 12 milhões, com fraudes em mais de 60 concursos públicos em diversos estados da Federação”.
Leia também:
Thiago Leão, guarda municipal de Recife envolvido com a organização criminosa.
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Candidatos de Recife protestam e abaixo
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